INCÊNDIO
De hora em hora
quero estar por perto
e é quase certo que
te adoro tanto...
quando te espero
sempre desespero
e te procuro pelos
quatro cantos.
Quando contigo
sempre me contento
e, que me lembre,
rio todo o tempo!!!
Mas se me somes,
chama que me chama,
clamo que assomes
pelos quatro ventos...
Altair de Oliveira - In- O Lento Alento
Ilustração: Dança Cigana com Leque.
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
A Irrisória Cura
A Irrisória Cura
e insisto que sobrevivo.
Hesito ao próximo passodo início do precipício.
Resgato resto de sonhos
do céu do fundo do poço
de ver no vício do riso,
para ascender meus esforços,
indícios de primas veras,
inversos de suicídios.
Altair de Oliveira – In: O Embebedário Diverso.
Ilustração: foto do fotógrafo alemão Laoen.
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
EX-CRAVO, ESCREVO...
A musa quando me usa
Me ativa como cativo,
Um serviçal obtuso,
Um apaixonado de ofício.
Eu me doo todo por ela,
A bela que me escraviza.
Eu me doo todo à ela,
Tentando mostrar serviço.
Mas sei que sempre me esnoba
E me rouba a alma e o viço.
Me deixa pedindo esmolas,
Me imola num sacrifício...
Poema de Altair de Oliveira - In- O Lento Alento
Ilustração: desenho de uma Dominatrix.
A musa quando me usa
Me ativa como cativo,
Um serviçal obtuso,
Um apaixonado de ofício.
Eu me doo todo por ela,
A bela que me escraviza.
Eu me doo todo à ela,
Tentando mostrar serviço.
Mas sei que sempre me esnoba
E me rouba a alma e o viço.
Me deixa pedindo esmolas,
Me imola num sacrifício...
Poema de Altair de Oliveira - In- O Lento Alento
Ilustração: desenho de uma Dominatrix.
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segunda-feira, 10 de outubro de 2011
sábado, 3 de setembro de 2011
O FIGURANTE SORRIDENTE
(Para Bia de Luna e Dante Alighieri)
Diante de Dante, Bia só me ria
Quando me via rir-lhe radiante
No mesmo instante, eu ressorindo lia
O riso lindo que Bia fazia...
De tão bonito inibia o Dante!
Eu no meu canto, Dante no seu canto
Cantava Bia que me via e ria
O riso dela, que era bela, ardia
Todos eternos céus de meus espantos
Pondo distantes os infernos de Dante.
E eu comedia o riso desmedido
Retribuído à Bia sorridente
Que prometendo o fogo dos amantes
Deixava Dante a cantar no seu canto
Enquanto eu, dissimulante, ria
Desinibindo rios que me ardiam
Pra nos lançar num mar de gozo eterno
e por ao léu o belo céu de Dante.
Poema de Altair de Oliveira - In- O Lento Alento
Ilustração: "Fantasia", de Jesus Fuertes.
(Para Bia de Luna e Dante Alighieri)
Diante de Dante, Bia só me ria
Quando me via rir-lhe radiante
No mesmo instante, eu ressorindo lia
O riso lindo que Bia fazia...
De tão bonito inibia o Dante!
Eu no meu canto, Dante no seu canto
Cantava Bia que me via e ria
O riso dela, que era bela, ardia
Todos eternos céus de meus espantos
Pondo distantes os infernos de Dante.
E eu comedia o riso desmedido
Retribuído à Bia sorridente
Que prometendo o fogo dos amantes
Deixava Dante a cantar no seu canto
Enquanto eu, dissimulante, ria
Desinibindo rios que me ardiam
Pra nos lançar num mar de gozo eterno
e por ao léu o belo céu de Dante.
Poema de Altair de Oliveira - In- O Lento Alento
Ilustração: "Fantasia", de Jesus Fuertes.
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terça-feira, 2 de agosto de 2011
Tocaia
TOCAIA
De meia velha
velo à meia vela.
Amaria vê-la
na janela nua...
Meio amarelo
eu amá-la-ia
e armaria
para ela
a lua.
Altair de Oliveira – In: O Embebedário Diverso
De meia velha
velo à meia vela.
Amaria vê-la
na janela nua...
Meio amarelo
eu amá-la-ia
e armaria
para ela
a lua.
Altair de Oliveira – In: O Embebedário Diverso
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quarta-feira, 6 de julho de 2011
PÁSSARO DE LATA
Inventei para ti
um pássaro de lata
armado de cordas
e que se pode armar,
por meio dum encanto,
inesperado canto
e se postar esperando
num canto da sala.
Um urutau-de-gala,
um pássaro malhado,
desprovido de norte,
de mortes, de matas...
Pássaro sem asas,
(para se ter em casa!)
com olhar maquiado,
maquinando trinar,
treinando entonações
possíveis de pintar de
tua mente atenta e,
repentinamente,
refletir todas cores
que lançares ao ar!!!
Poema de Altair de Oliveira - In- O Lento Alento
Ilustação: Desenho de Di Cavalcanti.
Inventei para ti
um pássaro de lata
armado de cordas
e que se pode armar,
por meio dum encanto,
inesperado canto
e se postar esperando
num canto da sala.
Um urutau-de-gala,
um pássaro malhado,
desprovido de norte,
de mortes, de matas...
Pássaro sem asas,
(para se ter em casa!)
com olhar maquiado,
maquinando trinar,
treinando entonações
possíveis de pintar de
tua mente atenta e,
repentinamente,
refletir todas cores
que lançares ao ar!!!
Poema de Altair de Oliveira - In- O Lento Alento
Ilustação: Desenho de Di Cavalcanti.
sexta-feira, 17 de junho de 2011
HIPÓTESES - I
“NUNCA MAIS desfazer,
se uma vez feito,
uma gota sequer de amor-perfeito.
E JAMAIS
insistir em desistir
dum instante qualquer
que intente rir
ou da busca de algum contentamento.
EVITAR
as estradas mais pisadas,
as tristezas mostradas pra alegrar
e também disfarçar o querer-bem
ou o tal de “magôo pro teu bem”
e, nem morto, viver pra revidar.
ATENTAR
contra as forças corrompidas,
amparadas por leis envelhecidas,
entretidas em sempre escravizar...
QUESTIONAR
sobre pesos e medidas,
sobre iguais mais iguais,
favorecidos,
os que impedem o futuro de chegar.”
Altair de Oliveira – In: O Embebedário Diverso
“NUNCA MAIS desfazer,
se uma vez feito,
uma gota sequer de amor-perfeito.
E JAMAIS
insistir em desistir
dum instante qualquer
que intente rir
ou da busca de algum contentamento.
EVITAR
as estradas mais pisadas,
as tristezas mostradas pra alegrar
e também disfarçar o querer-bem
ou o tal de “magôo pro teu bem”
e, nem morto, viver pra revidar.
ATENTAR
contra as forças corrompidas,
amparadas por leis envelhecidas,
entretidas em sempre escravizar...
QUESTIONAR
sobre pesos e medidas,
sobre iguais mais iguais,
favorecidos,
os que impedem o futuro de chegar.”
Altair de Oliveira – In: O Embebedário Diverso
quinta-feira, 2 de junho de 2011
HIPÓTESES - II
”Quando aquilo que sonha não quer vir,
enfadar de esperar e procurar.
Se o que for lhe bastar, nem existir,
nem seguir se não tem o que buscar.
Sem sentir, sensatar e desistir.
Permitir que desgraças possam ir
e que graças que passam o façam rir.
Ter prazer e motivos emotivos
pra doer toda vez que acontecer
dum encanto que conta perecer
ou dum riso mais vivo lhe evitar.
Levitar todas quartas,
Todas terças...
Inventar de saltar por sobre cercas,
sobre cárceres e cordas que encontrar.”
Altair de Oliveira - In: O Embebedário Diverso.
Ilustração: trabalho do pintor Salvador Dalí.
”Quando aquilo que sonha não quer vir,
enfadar de esperar e procurar.
Se o que for lhe bastar, nem existir,
nem seguir se não tem o que buscar.
Sem sentir, sensatar e desistir.
Permitir que desgraças possam ir
e que graças que passam o façam rir.
Ter prazer e motivos emotivos
pra doer toda vez que acontecer
dum encanto que conta perecer
ou dum riso mais vivo lhe evitar.
Levitar todas quartas,
Todas terças...
Inventar de saltar por sobre cercas,
sobre cárceres e cordas que encontrar.”
Altair de Oliveira - In: O Embebedário Diverso.
Ilustração: trabalho do pintor Salvador Dalí.
terça-feira, 3 de maio de 2011
SEQUENCIAL PARA UMA
CONTEMPLAÇÃO ABSTRATA
Pressinto a festa que infesta os olhos
que bebem saias que sugerem vôos
de flores tintas que animam cores
de aves raras com motivos vivos
que giram loucos nesta dança rouca
e tomam a tarde feito revoada
inesperada de alegrados risos
de nove noivas soltas na calçada.
Poema de Altair de Oliveira – In: "O Embebedário Diverso."
Ilustração: "Dançarinas Africanas", da pintora mineira Solange Guarda.
CONTEMPLAÇÃO ABSTRATA
Pressinto a festa que infesta os olhos
que bebem saias que sugerem vôos
de flores tintas que animam cores
de aves raras com motivos vivos
que giram loucos nesta dança rouca
e tomam a tarde feito revoada
inesperada de alegrados risos
de nove noivas soltas na calçada.
Poema de Altair de Oliveira – In: "O Embebedário Diverso."
Ilustração: "Dançarinas Africanas", da pintora mineira Solange Guarda.
terça-feira, 5 de abril de 2011
O Primo Beijo
O PRIMO BEIJO
da fragância
Se vejo a flor que beija
o beija-flor
Seus lábios, frutos vescos,
surtem cor
Parece que perecem
de carícias...
Pois brilham providentes
de delícias
Abertos, colibrisam a nave-flor!
Poema de Altair de Oliveira - In: "O Lento Alento".
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O Primo Beijo
quarta-feira, 9 de março de 2011
Heróis e Dias Amenos
HERÓIS & DIAS AMENOS
Temos que a vida não dói.
- Viver é tudo que temos!
Ao menos somos os heróis
Da história que nos fazemos.
E, enquanto o tempo nos rói,
Tecemos planos de engenhos...
Vamos em busca de sonhos
Usando de asas e de remos.
Galgamos sobre o passado
Buscando os dias amenos
Tememos sobre o futuro
Que nem sabemos se temos
Jogamos os nossos melhores
Tentando ganhos pequenos
Treinamos poses de heróis
Da história que nós queremos!
Enfim, nós somos assim:
Restos de tudo que fomos
Mas sempre somos heróis
Da história que nos contamos
Nos cremos por maiorais
Que, ao certo, um dia seremos
Morremos sempre no fim...
- Fingimos que não sabemos!
Altair de Oliveira - In- O Lento Alento
Ilustração 1: Foto de painel de cerâmica de Poty Lazarotto;
Ilustração 2: Foto de arte rupestre.
Temos que a vida não dói.
- Viver é tudo que temos!
Ao menos somos os heróis
Da história que nos fazemos.
E, enquanto o tempo nos rói,
Tecemos planos de engenhos...
Vamos em busca de sonhos
Usando de asas e de remos.
Galgamos sobre o passado
Buscando os dias amenos
Tememos sobre o futuro
Que nem sabemos se temos
Jogamos os nossos melhores
Tentando ganhos pequenos
Treinamos poses de heróis
Da história que nós queremos!
Enfim, nós somos assim:
Restos de tudo que fomos
Mas sempre somos heróis
Da história que nos contamos
Nos cremos por maiorais
Que, ao certo, um dia seremos
Morremos sempre no fim...
- Fingimos que não sabemos!
Altair de Oliveira - In- O Lento Alento
Ilustração 1: Foto de painel de cerâmica de Poty Lazarotto;
Ilustração 2: Foto de arte rupestre.
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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
"Poemia"
POEMIA
Ah! ...esta noite procurada!!!
Ah! ...esta noite bem surgida!!!
Para afogar estás mágoas
que sempre nadam...
E ficar de bem co´a vida!
Poema de: Altair de Oliveira
In: Curtaversagem ou Vice-Versos.
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Consumação!
CONSUMAÇÃO
Se conheceram outrora
num tempo impróprio e incerto
queriam ficar bem perto
e dar-se um para o outro...
Estavam tão defasados,
separados, proibidos,
que foram então atirados
distantes de alma e corpo.
Por várias vezes viveram,
em espaço e tempo diverso.
Esparsos se procuraram
desesperados de espera...
E quando, enfim, se encontraram
no céu, talvez no inferno
ou alhures no futuro,
tiveram tantos orgasmos,
paralelos, multiplados,
com espasmos de amor puro,
triloucos e superintensos,
que penso: se dissiparam...
Poema de Altair de Oliveira – In: O Embebedário Diverso
Ilustração: "O Casal", de René Magrite.
Se conheceram outrora
num tempo impróprio e incerto
queriam ficar bem perto
e dar-se um para o outro...
Estavam tão defasados,
separados, proibidos,
que foram então atirados
distantes de alma e corpo.
Por várias vezes viveram,
em espaço e tempo diverso.
Esparsos se procuraram
desesperados de espera...
E quando, enfim, se encontraram
no céu, talvez no inferno
ou alhures no futuro,
tiveram tantos orgasmos,
paralelos, multiplados,
com espasmos de amor puro,
triloucos e superintensos,
que penso: se dissiparam...
Poema de Altair de Oliveira – In: O Embebedário Diverso
Ilustração: "O Casal", de René Magrite.
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